segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Filosofia e Filosofia da Educação


 

"Os homens se humanizam trabalhando juntos para fazer do mundo, sempre mais, a mediação das consciências que se coexistenciam na liberdade".

(Ernani Maria FIORI)

(foto abaixo de Sebastião Salgado - capa do livro "Da inteligência ao coração e à ação - volume III - PUCRS, 1999)
Mire o olhar da menina: alegre ou triste?!...




FILOSOFIA E FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
 
                                                                                 Prof. José J. F. Lara
 
            Gostaria primeiramente de observar que fui solicitado para uma conversa e não para uma conferência. Isso me deixou muito à vontade, pois, conversa supõe diálogo e o diálogo é como que a casa  da Filosofia,  desde os seus primórdios. Sócrates foi um mestre do diálogo e Platão nos legou “Diálogos”. Pretendo, pois, quanto possível dialogar e não monologar. Peço, assim, que as minhas palavras iniciais sejam encaradas como um convite ao diálogo e não como uma conferência.
 
1.      O que é filosofia? Para que filosofar?
 
No mundo pragmático em que vivemos, a filosofia parece não servir para absolutamente nada. Ela não consta das rubricas orçamentárias, não tem dotação , não recebe verbas específicas... Mal consta dos currículos escolares e os filósofos são, em sua maioria, uns ilustres desempregados...
 
No entanto, ela serve, ou melhor, comanda tudo. Está presente em qualquer decisão séria que tomamos, em qualquer estratégia que implantamos. Pode-se dizer que ela é onipresente. Conforme Jaspers (1977. p.13) “a filosofia é imprescindível ao homem. Está sempre presente e manifesta nos provérbios tradicionais, em máximas filosóficas correntes, em condições dominantes, quais sejam, por exemplo, a linguagem e as crenças políticas”.
 
            É interessante notar que as grandes crises históricas foram férteis em pensamento filosófico. Após a grande crise européia conseqüente à invasão dos bárbaros, surgiram as grandes sínteses da Idade Média. A revolução copernicana que deu origem ao mundo moderno fez aparecerem as filosofias  racionalistas. À Segunda Guerra Mundial seguiu-se o existencialismo...Nosso mundo, nosso país estão certamente em crise. Estamos sentados sobre um vulcão que ameaça explodir. E já se esboçam linhas novas de concepção filosófica.
 
              Haverá uma relação necessária entre crise e filosofia? De certo. A crise produz o que os gregos denominavam “thaumásia”, ou seja, admiração, pasmo, espanto que eles apontavam como sendo a origem do pensar filosófico. Jaspers (ib) acrescenta que a consciência do que ele chama “situações-limite” – ter  de morrer, ter de sofrer, ter de lutar, estar sujeito ao acaso e incorrer inelutavelmente em culpa - também nos leva a filosofar. Não será porque esta consciência nos põe  também ela em crise, causando  espanto ou pasmo, a thaumásia dos gregos?
 
 Poderíamos, talvez, dizer que a crise gerando o espanto ou pasmo, torna-nos conscientes de nossa fragilidade física, intelectual, social ou moral, levando-nos a encarar a realidade como um problema na acepção que lhe dá Julián Marías (apud Saviani, l980. p.20) de situação dramática em que se está e não se pode mais continuar, exigindo, assim , uma solução. Ou seja, a crise, transformada em problema, desperta a reflexão ou “ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, vasculhar numa busca constante de significado” (Saviani, 1980. p 23). Quando esta reflexão se torna, acrescenta Saviani (ib) radical, rigorosa e global ou de conjunto nasce a filosofia.
 
            Ao dizermos reflexão radical, devemos entender a expressão  em seu sentido literal: trata-se de uma reflexão que vá à raiz dos problemas, buscando atingir suas últimas e mais profunda ramificações. Quando dizemos que a reflexão deve ser rigorosa, entendemo-la como sistemática e metódica. A reflexão deve ser ainda global ou de conjunto, isto é, realizada de modo a abarcar todos os dados, de modo a não deixar escapar nenhum fio condutor no difícil trabalho de discernir no emaranhado das raízes as imbricações fundamentais.
 
            Resumindo, podemos com Saviani (1980. p.27) afirmar que “a filosofia é uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta”.
 
 
Já se vê que a filosofia é, antes de mais nada, uma atitude e uma tarefa das quais resultam “filosofias” como produto. Atitude ou disposição de amor à verdade, que supõe, sobretudo, muita humildade e nenhuma arrogância de espírito, como afirma Jaspers (1977. p 14), ao explicar o significado, a um tempo etimológico e histórico,  do termo: “A palavra grega ‘philósophos’ foi formada em oposição a ‘sophós’ e significa “o que ama o saber”, em contraposição a ao possuidor de conhecimentos  (dono da verdade) que se designava por sábio. Este sentido da palavra manteve-se até hoje: é a demanda da verdade e não a sua posse que constitui a essência da filosofia...”
           
Das crises, portanto, surgem as filosofia como fruto da necessidade humana de compreender a realidade e de fundamentar a ação que visa a transformá-la.
 
 Será a filosofia algo de intermitente,  que apenas de vez em quando desponta ao longo da história? Não, pois a história é - e cada vez mais - uma longa e funda  crise na qual há, certamente, períodos mais dolorosos e enfáticos, mas que por sua contínua e surpreendente novidade  está sempre a nos chocar, suscitando-nos, em conseqüência, uma atitude constante de reflexão e de busca. A filosofia é, assim, onipresente, pois, se  ninguém escapa ao mundo e à história, ninguém, a não ser por demência, escapa  à crise: “Não se pode fugir à filosofia. Pode-se perguntar apenas se ela é consciente ou inconsciente, boa ou má, confusa ou clara. Quem recusa a filosofia está realizando um ato filosófico de que não tem consciência” (Jaspers, 1977. p.13).
           
A afirmação final de Jaspers não faz mais que atualizar o velho argumento aristotélico: “Ou se deve filosofar, ou não se deve filosofar. Se não se deve filosofar, isto só em nome de uma filosofia. Portanto, mesmo que não se deva filosofar, deve-se filosofar(cf. Bochenski, 1973. p. 23).
           
“Me philosophetéon, philosophetéon”, declarava Aristóteles: mesmo que não se deva filosofar, deve-se filosofar. Não há  como fugir à filosofia. É verdade que nem todos têm condições de estabelecer uma reflexão que vá até as raízes, que siga com rigor um método, que possua todos os dados necessários a uma visão de conjunto da realidade, sobretudo se considerarmos que esses dados se avolumam e complexificam, à medida que avançam as ciências. Todos tentam, entretanto, consciente ou inconscientemente, com os recursos de que dispõem, com as informações que têm à mão, dar uma resposta aos problemas fundamentais, explicar as “situações-limite”, dar um sentido à vida e à realidade: todos, de algum modo, filosofam.
             
            Uma observação final  deve ser ainda  acrescentada: “Filosofar significa estar a caminho. As interrogações são mais importantes que as respostas e cada resposta se transforma em nova interrogação” (Jaspers, 1977. p 14). A filosofia é aberta, por mais que o filósofo pretenda dar respostas definitivas. A realidade é rebelde e não se deixa apanhar com facilidade em nossas redes de compreensão. É por demais complexa e dinâmica para que possamos emitir sobre ela uma palavra definitiva. Nem sempre – e isso ocorre com freqüência – consideramos todos os dados disponíveis ou  escolhemos as informações capazes de nos conduzirem à raiz mestra dos problemas ou das crises. Ou, então, quando parece que a atingimos, damo-nos conta de que ainda estamos na superfície e de que é necessário cavar mais fundo: “cada resposta se transforma em nova interrogação”. Não importa o esforço! É melhor seguir que estagnar. Além disso, não caminhamos sozinhos. O que não descobrimos, outros descobrem ou descobrirão e nossas chamas juntas tornarão o mundo, se não transparente, pelo menos mais claro!
 
            A filosofia é, pois, imprescindível. Não serve para nada e serve para tudo. Não há como negá-la: ela se impõe por si mesma!  Refugá-la, só deixando de ser o que somos: consciências que refletem num mundo em permanente crise, num constante devir.
 
  
II – Para que Filosofia da Educação?
 
            Talvez seja mais pertinente perguntar: para que filosofia na educação? A resposta é simples: porque educação é, afinal de contas, o próprio “tornar-se homem” de cada homem num mundo em crise.
 
            Não há como educar fora do mundo. Nenhum educador, nenhuma instituição educacional pode colocar-se à margem do mundo, encarapitando-se numa torre de marfim. A educação, de qualquer modo que a entendamos, sofrerá necessariamente o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob pena de não ser educação. Em função dos problemas existentes na realidade é que surgem os problemas educacionais, tanto mais complexos quanto mais incidem na educação todas as variáveis que determinam uma situação. Deste modo, a “Filosofia na educação” transforma-se em “Filosofia da Educação” enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os problemas educacionais envolvem sempre os problemas da própria realidade. A Filosofia da Educação apenas não os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo.
 
            Penso que disto decorrem duas conseqüências muito simples, óbvias até! A primeira é que todo educador deve filosofar. Melhor ainda, filosofa sempre, queira ou não, tenha ou não consciência do fato. Só que nem sempre filosofa bem. A este respeito afirma Kneller (1972. p. 146): “se um professor ou líder educacional não tiver uma filosofia da educação, dificilmente chegará a algum lugar. Um educador superficial pode ser bom ou mau. Se for bom, é menos bom do que poderia ser e, se for mau, será pior do que precisava ser”.
 
            Que problemas no campo da educação exigem de nós  uma reflexão filosófica, nos termos acima explicitados? São muitos. Permitam-me apontar apenas alguns.
 
            Já que a educação é o processo de tornar-se homem de cada homem, é necessário refletir sobre o homem para que se possa saber o “para onde” se deve orientar a educação. É necessário, porém, que esta reflexão não seja unicamente teórica, abstrata, desencarnada. É preciso levar em conta a situação espácio-temporal em que ocorre o processo. Com efeito, não importa apenas o “tornar-se homem”, mas o “tornar-se homem hoje no Brasil”. Só desta forma podemos estabelecer com clareza o que, por exemplo, se tem convencionalmente chamado de “marco referencial”, a partir do qual, numa instituição educativa, currículo, planejamento e atividades podem atingir um mínimo de coerência e de eficiência. 
           
            Que teoria de aprendizagem adotar? Que métodos e técnicas utilizar? Já afirmavam Binet e Simon  correr  “o risco de um cego empirismo quem se conforma em aplicar um método pedagógico sem investigar a doutrina que lhe serve de alma”. Não há métodos neutros. Não há técnicas neutras. No bojo de qualquer teoria, de qualquer método, de qualquer técnica está implícita uma visão de homem e de mundo, uma filosofia. 
 
            A filosofia é, assim, norteadora de todo o processo educativo. O maior problema educacional brasileiro sempre foi e ainda  é, a meu ver, o denunciado por Anísio Teixeira no título de uma de suas obras principais: “Valores proclamados e valores reais na educação brasileira”. Quer em nível de sistema, quer em nível de escola, proclamamos  belíssimos princípios filosófico-educacionais. Na prática, entretanto, caminhamos ao sabor das ideologias e das novidades e – o que é pior – sem nos darmos conta da incoerência existente entre nossas palavras e nossos atos.
 
            A segunda conseqüência a ser tirada do que antes dissemos é que também o educando deve filosofar, ou seja, deve refletir sistematicamente, buscando as raízes dos  problemas - seus e  de seu tempo -  de modo a formar uma “visão de mundo” e adquirir criticamente princípios e valores que lhe orientem  a vida.  Só assim serão homens e não robôs. É preciso, pois, municiá-lo de instrumentos racionais e afetivos  para que se habitue a ser crítico, a não se contentar com qualquer resposta, a colocar sempre e em tudo uma pitada razoável de dúvida, a cavar fundo e não se intimidar perante a tarefa ingrata de estar sempre questionando e se questionando.
 
 A partir de minha já longa experiência de magistério, posso  afirmar que há sempre fome de filosofia. Basta levantar um problema nos termos acima descritos para que se alcem  as antenas, sobretudo as juvenis!  Talvez porque, tendo uma percepção não muito  nítida, mas agudamente sentida  da crise,  faltem aos jovens  o instrumental necessário  para explicitá-la,  analisá-la e julgá-la, em razão do banimento  a que assistimos da filosofia,  até mesmo de nossos currículos escolares.
 
Conclusão
 
            Não há, portanto, como fugir à filosofia no campo da educação. Ela se relaciona intimamente  com a função nem sempre levada a sério e, não obstante, fundamental, de avaliar. De fato, a avaliação  resume, de certo modo, ou acompanha, como um  vetor ou como um eixo orientador, todo o processo educacional. Ela se faz presente no início do processo, ao estabelecermos as metas; no seu decurso, quando traçamos e executamos as estratégias; no final, quando julgamos o que e quanto foi cumprido. Ora, avaliar é emitir juízos de valor e estes implicam sempre, queiramos ou não, consciente ou inconscientemente uma posição filosófica, uma filosofia.
 
 Uma palavra, talvez, resuma tudo o que tentamos dizer: a filosofia é o aval da educação!
 
            Referências bibliográficas
 
BOCHENSKI, J. M. Diretrizes do pensamento filosófico. São Paulo: EPU, 1973. 119 p.
JASPERS, Karl. Iniciação filosófica. Lisboa: Guimarães, 1977. 173 p.
SAVIANI, Dermeval. Educação; do senso comum  à  consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1980. 224 p.
KNELLER, Georges. Introdução à filosofia da educação. 4.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1972. 167 p.
 
 Extraído de  Estudos Leopoldenses, São Leopoldo, v. 21, n. 85, p. 29-36. Revisado e modificado pelo autor em      18/02/2001.

sábado, 18 de agosto de 2012

Aprendendo Sobre "As Regras de Trânsito".

Dados da Aula:

O que o aluno poderá aprender com esta aula.
Conhecer mais sobre o assunto abordado.           
Aprender a elaborar um manual sobre o tema.           
Desenvolver os processos de construção da escrita.
Conhecer as regras do trânsito para utilizar no seu cotidiano.
Duração das atividades: 5 aulas de 50 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno: Ser leitor e escritor na fase inicial.
Para ampliar clicar nos quadrinhos.













Estratégias e recursos da aula
Estratégias da aula:
Primeira Atividade: Leitura da história em quadrinhos.
Inicie a aula levando os alunos à sala de informática para assistirem a história em quadrinhos "Educação no trânsito não tem idade" da turma da Mônica.
Essa história foi especialmente criada para ensinar as crianças os cuidados que devemos ter no trânsito. São dezesseis páginas de uma leitura fácil e divertida, mas que conseguem de forma adequada informar regras básicas do trânsito.

Caso sua escola tenha um projetor, a história poderá ser passada para todos os alunos ao mesmo tempo com o professor fazendo a leitura para a turma.

Segunda atividade: Comentários sobre a história
Após a leitura converse sobre a história e explore a capa do gibi.
Pergunte o nome das personagens que aparecem na capa, descubra o conhecimento da turma sobre a Turma da Mônica, perguntando sobre as características de cada integrante dessa turminha animada.

Faça perguntas sobre a história:
- A história trata sobre qual assunto?
- O que eles aprenderam sobre regras do trânsito?
- Algumas das regras eram conhecidas da turma?
- Já viveram algum momento no trânsito em foram desrespeitados enquanto pedestre?
- Seus pais procuram seguir as regras e as leis de trânsito?

Terceira atividade: Registrando
Em um blocão anote as principais regras de trânsito que apareceram na história. Esse registro é importante para ajudá-los na tarefa de construção do manual.

Quarta atividade: Conhecendo o trânsito próximo à escola
Proponha à turma uma volta pelo quarteirão da escola com o objetivo de observarem o comportamento das pessoas no trânsito.

Faça um roteiro sobre o que eles devem observar:
Questões que podem constar no roteiro:
Observar se os carros estão estacionados em cima de calçadas?
Observar situações como:
Os pedestres atravessam na faixa?
Esperam o sinal vermelho fechar para atravessar?
Crianças muito pequenas foram vistas nas ruas desacompanhadas?
Os pais ou responsáveis estão segurando a mão das crianças pequenas?
Os motoristas e passageiros dos veículos estão usando o cinto de segurança?
As crianças estão presas às cadeirinhas?
Caso a escola fique próxima de vias expressa verificar a presença de passarelas?
Ouviu barulho de buzinas perto da escola?

Nota:
Não se esqueça de sempre que sair da escola o professor deverá ter a autorização de todos os pais e levar os alunos de preferência uniformizados e identificados com um crachá.
Antes de sair explique que o passeio será uma aula fora da escola e que todos devem estar atentos aos objetivos propostos.
Faça também uma revisão nos combinados sobre o comportamento para que o passeio seja seguro e prazeroso para todos.
Leve para cada dupla de alunos um caderninho de anotações com o roteiro de observações sobre o passeio e disponibilize material como lápis e borracha para o registro das observações importantes.

Quinta atividade: Registrando o passeio
Na volta do passeio registre no blocão as observações dos alunos fazendo comentários sobre as situações observadas.
Peça para cada aluno escrever no caderno as observações mais importantes do passeio e desenhe o que observou.

Sexta atividade: Texto informativo
Para garantir mais informações e assim facilitar a confecção do manual de segurança no trânsito, leia com sua turma este texto encontrado no site da prefeitura de Bento Gonçalves.

    Dicas de Segurança no Trânsito

Trafegue na faixa certa - Em baixa velocidade, conserve-se na faixa da direita. Você se mantém mais seguro e não atrapalha o trânsito.
Cuidado nas ultrapassagens - Só ultrapasse pela faixa da esquerda. Você evita surpresas para você e o motorista da frente.
Atenção ao sinal amarelo - Não faça do sinal amarelo um complemento do verde. Pare e evite acidentes com carros e pedestres.
Buzina só em último caso - Evite ficar buzinando o tempo todo. Isso só causa stress e sustos desnecessários. Quando o carro à sua frente estancar no sinal, tenha paciência e aguarde. Antes de buzinar, lembre-se que poderia ser você.
Pega é crime - Fazer pega nas ruas é crime. Rua não é pista de corrida. Acidentes durante pegas geralmente matam motoristas e transeuntes inocentes. 
Não utilize celular - É proibido usar telefone celular enquanto se dirige. Quando o seu tocar, estacione o carro em local seguro e só então atenda. Falar ao celular atrapalha a concentração e provoca acidentes graves.
Estacione sempre corretamente - Nunca pare em fila dupla, principalmente em frente a escolas. Isso tira a visão dos motoristas que passam e das crianças que atravessam a rua. Calçada é lugar de pedestre, não de carro.
Cinto de segurança é obrigatório - Não abra mão de sua segurança. Para não amassar as roupas use um pano entre elas e o cinto, ou use acessórios acolchoados nos cintos. Torne a colocação do cinto um procedimento automático assim que entrar no carro.
Faixa de pedestre - O próprio nome já diz tudo. Não pare o carro sobre ela. É contra a lei.   

                                                                                              Segurança do Pedestre:
Motoristas e pedestres travam verdadeiras batalhas nas ruas e estradas.
O resultado é um saldo elevado de atropelamentos por ano, com muitas vítimas fatais. De quem é a culpa? Dos motoristas? Em parte sim, porque muitos não obedecem às leis de trânsito. Mas os pedestres também são culpados. Eles também não obedecem às leis de trânsito. A segurança do pedestre depende de sua própria disciplina. Atitudes simples como estas podem salvar vidas:

*Atravesse as ruas com atenção.
*Antes de deixar a calçada, observe de onde vêm os carros e se há semáforo.
*Atravesse sempre na faixa de pedestres, quando houver.
*Não fique no meio-fio esperando o sinal fechar para os carros. Isso atrapalha os motoristas e pode causas acidentes.
*Respeite a vez do motorista. Nunca tente atravessar se o sinal estiver aberto para os carros. Se ocorrer um acidente a culpa será sua.
*Utilize as passarelas para pedestres nas grandes avenidas ou rodovias. Não tenha preguiça nem queira encurtar o caminho. Você pode estar encurtando a sua vida
*Ande sempre pela calçada. Quando não existir calçada, caminhe no sentido contrário ao do tráfego para ter melhor visão dos veículos.
*Nunca desça de um ônibus fora do ponto. Se não for possível evitar, antes de descer olhe bem se nenhum carro ou moto está vindo em sua direção.
*Nunca abra a porta ou desça de um carro estacionado sem primeiro olhar se estão passando pedestres ou veículos.
*Use roupas claras (ou um sinal luminoso) para andar à noite. Isso permite que os motoristas vejam você.
*Nunca passe correndo na frente de uma garagem. Pare e olhe se não está saindo nenhum carro. Não deixe crianças brincando na rua sozinhas. Elas se distraem facilmente e não percebem o perigo.

                                                                                       Cinto de Segurança 
Em caso de colisão, o cinto de segurança aumenta em 50% a proteção dos passageiros. Ele não é opcional. Faz parte das condições de segurança do carro, assim como os freios.  Se o carro estiver a 20 km / hora e colidir, a cabeça dos ocupantes será projetada na mesma velocidade contra o pára-brisa. É o suficiente para provocar a perfuração do globo ocular. Portanto, o uso do cinto de segurança é necessário mesmo em baixa velocidade. Imagine o que pode acontecer a 50, 80 ou 100km / hora.

 Cuidados especiais:  
*Crianças devem viajar sempre no banco traseiro. As pequenas devem ser transportadas em cadeirinhas apropriadas. A partir dos sete anos, as crianças podem usar cinto de segurança do banco traseiro.
*Gestantes devem usar o cinto, atado de maneira segura e confortável; nem apertado nem frouxo demais.  
*Qualquer passageiro que viaje no banco traseiro deve obrigatoriamente usar o cinto. Caso contrário, se houver colisão, ele será jogado sobre os passageiros da frente, agravando o acidente.
*A folga entre cinto e o corpo deve ser no máximo de 5cm (ou o equivalente ao seu punho).
*Nunca passe o cinto por debaixo do braço.  
*Pela lei, em caso de acidente, você é responsável pelas pessoas que transporta em seu carro. Use o cinto e exija que todos no seu carro também o façam.
*Respeite as leis de transito.
*Ensine seus filhos a respeitá-las 

Após a leitura do texto convide os alunos, agora já muito bem informados, para confeccionar um manual para esclarecer às outras crianças da escola sobre a importância destes cuidados para evitarmos acidentes.
Sétima atividade: Confecção do manual
Oriente a turma sobre os objetivos do manual;
_ Informar
_ Mostrar as regras que devem ser seguidas no trânsito para evitar acidentes.
 
Seja o escriba do seu grupo e  junto com a turma  redija o texto que vai fazer parte do manual.
Lembre seus alunos que o manual precisa ter informações breves e claras.
Liste as principais dicas lidas no texto da história em quadrinhos e no texto da prefeitura de Bento Gonçalves, além das observações feitas no passeio no entorno da escola.
Após terminar de escrever o texto, faça uma revisão junto com os alunos, e peça que cada um copie as dicas fazendo ilustrações para deixar o manual mais atraente para seus leitores e auxiliar na compreensão.
Oitava atividade: Distribuindo os manuais
Após o manual feito, divida sua turma em pequenos grupos e os levem para passar nas turmas da escola para entregar os manuais e falar rapidamente sobre o que eles aprenderam com a aula.
Caso seja necessário, tire cópias dos manuais para que todos da escola possam ter acesso a esse material.

Nona atividade: Avaliação 
Na volta da entrega dos manuais, converse com seus alunos sobre o que eles aprenderam com a aula.
Pergunte se acharam importante ir às salas para explicar para as outras crianças o que eles aprenderam?
Pergunte se eles acham que os conhecimentos aprendidos serão úteis para a proteção deles?
Recursos Complementares
Nos sites abaixo o professor encontra mais informações sobre as regras de trânsito que tanto pode servir para complementar as suas informações sobre o assunto como também podem ser utilizados como um texto informativo para serem lidos e discutidos em sala.
Avaliação
 A avaliação ocorrerá durante toda a aula onde o professor deverá observar a participação dos alunos nas interações ir verificando as aprendizagens adquiridas sobre o tema.  No momento da confecção do manual o professor deverá observar o quanto os alunos aprenderam sobre os cuidados no trânsito e como estão elaborando um texto escrito.
Através da avaliação e da explicação para as outras turmas o professor deverá observar o quanto seus alunos aprenderam sobre o tema e pretendem levar esse conhecimento para sua vida.